Bombas semióticas: o acontecimento comunicacional na guerra híbrida
Resumen
Para além das discussões de como o Brasil foi enredado pelo xadrez geopolítico da guerra híbrida combinado com as estratégias de lawfare há uma questão ainda não respondida: como os eventos iniciados com a chamada Jornadas de Junho, em 2013, conseguiram alcançar um nível inédito efetividade comunicacional e mobilização coletiva, impactando a opinião pública e mudando radicalmente a agenda política nacional? Naquela oportunidade percebemos um elemento novo entrando em cena: uma nova estratégia de comunicação política, bem diferente das estratégias hipodérmicas de propaganda clássicas. Uma nova estratégia comunicacional que conceituamos como “bombas semióticas”: estratégias híbridas de ação política através das mídias, operando com vetores simultâneos semióticos, cognitivos, psicológicos e fenomenológicos, de tal maneira que a narrativa midiática consiga coincidir com a jornada pessoal dos receptores/observadores. Essa é a realização do acontecimento comunicacional. Resultando em fenômenos atmosféricos como climas de opinião, ondas de choque, horizontes de eventos e outros fenômenos que somente podem ser compreendidos por meio de um enfoque transdisciplinar.
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