Vivemos tempos muito difíceis na educação. O neoliberalismo chegou com força às instituições e secretarias de educação pelo país à fora. Em meio às privatizações e aprofundamento e consolidação dos marcos da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, acompanhamos o abandono das propostas e políticas voltadas às drogas na educação pública. Os projetos de vida e a aprendizagem baseada nas habilidades para a vida e no Big Five substituem as abordagens voltadas a informar e formar com base da Redução de Danos, pensando currículos mais abrangentes e interdisciplinares para tratar do tema das drogas nas escolas. Isso segue em concomitância à disseminação de uma cultura da produtividade e da sociedade do desempenho (Han, 2027), onde as drogas cumprem um papel funcional e se imiscue às práticas cotidianas da vida.

Pensando esse cenário, atrelado ao panorama de uma sociedade que caminha em direção à regulação de algumas drogas, nós nos propomos a pensar a educação para as drogas nesse escopo social. 

Organizadores: Cauê Almeida Galvão (UFRN), Francisco Coelho (FIOCruz), Maria de Lourdes da Silva (EDU/UERJ, PEQui/UFRJ, HCTE/UFRJ)

Prazo: de 1o. de dezembro de 2024 a 30 de abril de 2025

Publicado: 2024-12-02