Piratarias internas

os tons de cinza na história dos videogames

Palavras-chave: Pirataria, Colecovison, SEGA SG - 1000, SEGA Genesis, Eletronic Arts

Resumo

Durante a história dos videogames e até os dias de hoje, a pauta da pirataria gera debates e discussões na comunidade gamer mundial. Tanto nos fóruns e mídias sociais quanto meio acadêmico. Apesar do notório combate as cópias, algumas empresas da própria Indústria de jogos eletrônicos, como a Nintendo, usufruíram dos clones em certos momentos da história, para estabelecer seus produtos e garantir seus espaços no disputado mercado de videogames. Neste trabalho, serão mostrados a relação entre os consoles Colecovision e o SEGA SG -1000, além dos cartuchos próprios da Eletronic Arts para o SEGA Genesis /Mega – Drive, ocorridos entre as décadas de 1980 e 1990, mostrando indícios de que a Indústria de videogames pode ser mais tolerável com a pirataria, quando esta ocorre entre seus pares.

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Biografia do Autor

Thiago de Melo Ferreira, Programa de Pós-Graduação em História dasd Ciências, das Técnicas e Epistemologia (HCTTE?UFRJ)

Doutorando em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia, também é Mestre em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia pela UFRJ (2022). Possui graduação em Ciência da Computação (2015) e Especialização em Jogos Digitais (2017) pelo Centro Universitário Carioca - Unicarioca. Atualmente é Técnico de Tecnologia da Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tem experiência em Informática, na área de Suporte ao usuário e Suporte Corporativo. Possui interesses profissionais e acadêmicos na área de estudos dos jogos (game studies).

Marta Simões Peres, Decania do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília (Departamento de Sociologia, Instituto de Ciências Sociais, 2005), com pós-doutorado em Antropologia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) e pelo Núcleo Diversitas da Universidade de São Paulo (2015). Possui formação em Dança pela Escola Faculdade Angel Vianna (1990), graduação em Fisioterapia (Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação,1995) e mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (2000). Atualmente, é professora associada III da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lotada no Centro de Ciências da Matemática e da Natureza. Lecionou, na UFRJ, nas graduações em Dança (Bacharelado, Licenciatura e Teoria da Dança) da Escola de Educação Física e Desporto, Direção Teatral da Escola de Comunicação (2011/14), FIsioterapia e Terapia Ocupacional, da Faculdade de Medicina . Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Dança, atuando principalmente nos campos: dança, dança e saúde, ciências sociais, saúde mental, reabilitação, lesão medular e culto ao corpo. Coordena o projeto PARATODOS - ensino, pesquisa e extensão em dança e saúde, - e a Trupe DiVersos no Campus Praia Vermelha/UFRJ. Dirigiu, com a trupe, os espetáculos "Leonídia: ela é doida?" (2014-2016) e, ao longo de 2017, contemplados pelo Edital PROART GARIN (grupos artísticos de representação institucional) do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, "DIversos são Quixote" e "Nau do Fucô". Dirigiu também os espetáculos de dança-teatro "A Quântica dos Corpos" (Brasília, 2004), "68 à Vera" (UFRJ, 2008), foi uma das coreógrafas da cantata cênica "Carmina Burana" (Escola de Música, UFRJ, 2009), dirigiu a performance "Por que não Brincar com uma Cabeça?" (Why don`t you play with a head?), com o grupo NonStop Theater, em colaboração com a professora Ellen Saur, na Universidade de Nord Trondlag, Namsos, Noruega. Colaborou com a Universidade Griô e Universidade das Culturas (Unicult). Publicou capítulos em livros internacionais, organizados por Ellen Saur, Noruega (2010) e Pamela Block, EUA (2014). Publicou o livro "Corpos em Obras, um olhar sobre as práticas da cidade", pela editora Annablume (2014), com 2a edição lançada em 2020. iuRealizou as exposições individuais (pintura) Oraqui Oracolá (Galeria 80, Rio de Janeiro, 2016) e Guignard Sob Terra (Centro de Cultura Raul de Leoni, Petrópolis,RJ), tendo participado de muitas exposições coletivas, tais como a Life Abstractions, Saphira & Ventura Gallery, Nova Iorque (09/2020). Apresentou trabalhos artísticos e/ou acadêmicos em eventos em diversas cidades do Brasil - Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Aracaju, Curitiba, Salvador, Cumuruxatiba (BA), Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis, Rio das Ostras e Petrópolis (RJ) - e exterior - Notwill/Suíça, Pequim/China, Amsterdã/Holanda, Estocolmo/Suécia, Nova Iorque, Long Island e Los Angeles/EUA, Toluca e Cidade do México/México e Paris/França. Publicou coluna mensal no Jornal da Dança (2010-2018). É diretora de pesquisa no complexo LAMAE (Laboratórios de Métodos Avançados e Epistemologia), do NCE/UFRJ, e pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Educação, Eletroquímica, Saúde, Ambiente e Arte e do Grupo Interinstitucional e Multidisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão em CiIencias (IQ/UFRJ)

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Publicado
2024-12-15
Como Citar
de Melo Ferreira, T., & Simões Peres, M. (2024). Piratarias internas. Revista Scientiarum Historia, 1(1), e454. Recuperado de https://revistas.hcte.ufrj.br/index.php/RevistaSH/article/view/454
Seção
Epistemologia, Lógicas e Teorias da Mente